É apenas uma manchete simbólica. Claro que não depende apenas do novo treinador. Depende também dos jogadores e de nós, torcedores, a tarefa de tirar o Brasil da dificuldade.
Pelo que pude verificar nas redes sociais, grande parte da torcida xavante está desconfiada com a capacidade do novo técnico de dar uma resposta positiva imediata. No entanto, a maioria está disposta a apoiar.

Eu mesmo manifestei desacordo com a escolha. Entendo que o momento delicado exigia alguém com mais experiência. Mas, se a direção entendeu que Clemer era a opção viável, estou ao lado do comandante. Ele se torna o treinador de toda a massa rubro-negra.
Uma vantagem é que ele é o tipo de pessoa que chega ao vestiário e dispensa apresentações. Suas conquistas como jogador impõem respeito. Resta saber se Clemer conseguirá trabalhar bem o seu próprio exemplo com os jogadores. O ex-goleiro colorado conquistou títulos importantes como atleta, desde campeonatos estaduais até o Mundial em 2006.

Em um vídeo divulgado pelo Brasil, Clemer prometeu empenho para tentar levar o Xavante às primeiras posições do Brasileirão. Na coletiva de apresentação, confessou que sentia um “friozinho na barriga” quando tinha que vir ao Bento Freitas enfrentar o Brasil como jogador. Observou ainda que um clube com a estrutura e a torcida que o Brasil tem não pode estar na posição em que está (estamos em 16º, com os mesmos 17 pontos do Luverdense, o primeiro do Z4).

Clemer também elogiou o trabalho de Rogério Zimmermann e disse que manterá os pontos positivos do ex-treinador rubro-negro, mas sem especificar quais são. Ele se descreveu como um estudioso e preparado para a missão de comandar o Xavante na beira do campo.
No ainda breve currículo de treinador de Clemer, constam o título estadual sergipano pelo Sergipe e uma passagem não tão bem-sucedida pelo Glória de Vacaria na Série B estadual. No entanto, ele fez um bom trabalho na base do Internacional, conquistando vários títulos nas categorias inferiores e chegou a treinar a equipe principal colorada.

E na sexta-feira, ele já colocou a mão na massa: comandou o último treino na Baixada para enfrentar o Paysandu. O provável time que começará a partida deste sábado, às 19h, deve ser formado por Marcelo Pitol, Éder Sciola, Leandro Camilo, Teco e Breno; Itaqui, João Afonso, Nem, Wagner e Marcinho; Lincom.